Eligard é um medicamento indicado principalmente para o tratamento do câncer de próstata hormônio-dependente. Ele contém como princípio ativo o acetato de leuprorrelina, uma substância que atua reduzindo os níveis de testosterona no organismo.
Trata-se de um fármaco de uso subcutâneo, disponibilizado em apresentações de liberação prolongada, garantindo ação contínua e eficaz no organismo.
Para que serve o Eligard
O Eligard é indicado principalmente para o tratamento do câncer de próstata avançado hormônio-dependente. Sua função é reduzir os níveis de testosterona no organismo, o que ajuda a controlar o crescimento do tumor e a evolução da doença. Essa redução é fundamental porque o câncer de próstata, em muitos casos, depende da testosterona para crescer e se multiplicar
Além disso, o medicamento pode auxiliar no alívio de sintomas relacionados à progressão do câncer, como dores ósseas decorrentes de metástases. Em alguns casos, o uso do Eligard é combinado com outras terapias, a fim de oferecer maior eficácia ao tratamento
Como o Eligard funciona no organismo?
O princípio ativo do Eligard, leuprorrelina, é um agonista do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Seu mecanismo é bastante interessante:
Ação inicial: logo após a aplicação, ocorre um aumento temporário dos níveis de testosterona. Esse efeito é chamado de “flare” ou efeito rebote.
Efeito prolongado: após algumas semanas, há uma queda significativa e contínua da testosterona, reduzindo sua disponibilidade para as células cancerígenas.
Manutenção: como o medicamento é de liberação prolongada, garante um controle hormonal constante ao longo do tratamento.
Esse processo é conhecido como castração química, pois imita o efeito da remoção cirúrgica dos testículos, mas de forma reversível e controlada.
Quem pode usar o Eligard
O medicamento é prescrito a homens diagnosticados com câncer de próstata em estágio avançado ou metastático. É destinado a pacientes que necessitam de terapia hormonal para reduzir a testosterona e controlar o desenvolvimento da doença.
O uso do Eligard deve ser sempre feito sob prescrição médica, com acompanhamento regular de exames e avaliações clínicas, já que a resposta ao tratamento pode variar conforme o perfil do paciente.
Quem não deve usar o medicamento
O Eligard não é indicado para mulheres, especialmente gestantes e lactantes, nem para crianças e adolescentes, já que sua eficácia e segurança não foram estabelecidas nesses grupos. Também não deve ser utilizado por pessoas que apresentem alergia à leuprorrelina ou a outros análogos do hormônio GnRH.
Pacientes com histórico de reações alérgicas graves a medicamentos semelhantes devem evitar seu uso. Além disso, indivíduos com doenças cardiovasculares ou metabólicas necessitam de acompanhamento médico rigoroso, pois o tratamento pode aumentar riscos relacionados a essas condições.
Possíveis efeitos colaterais do Eligard
Assim como outros medicamentos de uso oncológico, o Eligard pode causar efeitos adversos. Os mais relatados incluem:
Ondas de calor e suor excessivo;
Diminuição da libido e disfunção erétil;
Sensibilidade ou aumento das mamas;
Cansaço e fadiga;
Dores musculares ou ósseas;
Reações no local da aplicação, como vermelhidão, dor ou inchaço.
Em alguns casos, também podem ocorrer:
Alterações de humor e depressão;
Diminuição da densidade óssea com uso prolongado;
Aumento do risco de problemas cardiovasculares.
Por isso, consultas regulares e exames laboratoriais são fundamentais para monitorar possíveis complicações.
Cuidados ao usar o Eligard
Antes e durante o tratamento com Eligard, alguns cuidados são indispensáveis:
Acompanhamento médico contínuo – indispensável para ajustar o tratamento e monitorar os níveis de testosterona.
Exames periódicos – especialmente para avaliar a saúde óssea, cardiovascular e metabólica.
Atenção ao efeito flare – no início do tratamento, pode haver piora temporária dos sintomas devido ao aumento inicial de testosterona. Médicos frequentemente prescrevem medicamentos adicionais para reduzir esse risco.
Informar condições pré-existentes – como diabetes, hipertensão ou histórico de problemas cardíacos.
Relatar efeitos adversos – qualquer reação inesperada deve ser informada ao médico imediatamente.
Como o Eligard é administrado
Tal medicamento é fornecido em uma seringa pronta para aplicação, contendo pó para suspensão de liberação prolongada e um diluente. A aplicação deve ser feita via subcutânea (sob a pele), geralmente na região abdominal, por um profissional de saúde habilitado.
A frequência das aplicações depende da prescrição médica, podendo variar conforme a apresentação entre: 1 mês, 3 meses. 4 meses e 6 meses. Essa flexibilidade permite adequar o tratamento ao perfil de cada paciente.
Armazenamento do medicamento
O armazenamento do Eligard deve seguir as recomendações da bula para garantir sua eficácia. O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente, protegido da umidade e da luz direta, e não deve ser congelado em hipótese alguma.
Após o preparo da suspensão para aplicação, é fundamental que o produto seja utilizado imediatamente, evitando perda de estabilidade e comprometimento do tratamento.
Perguntas frequentes sobre o Eligard
O Eligard cura o câncer de próstata?
Não. O medicamento não promove a cura, mas ajuda a controlar o crescimento e os sintomas do câncer, aumentando a qualidade de vida do paciente.
O tratamento é definitivo?
O uso do Eligard pode ser prolongado ou contínuo, de acordo com a evolução do quadro clínico. Em alguns casos, o médico pode associar outras terapias.
O Eligard substitui a cirurgia?
Em alguns casos, ele pode ser uma alternativa à orquiectomia (remoção dos testículos), já que promove efeito semelhante à castração, mas de forma reversível.
Conclusão
O Eligard é um medicamento essencial no tratamento do câncer de próstata avançado, ajudando a controlar a progressão da doença por meio da supressão hormonal. Embora não seja uma cura definitiva, sua ação proporciona melhor qualidade de vida e auxilia no controle dos sintomas.
Por ser um tratamento que exige acompanhamento especializado, o uso do Eligard deve ser sempre feito sob orientação médica, com monitoramento constante e cuidados específicos para evitar complicações.
Atenção: este conteúdo é apenas informativo e não substitui a orientação de um profissional de saúde. Consulte sempre o médico antes de iniciar qualquer tratamento.
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