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Homem com problema na próstata conversando com médico + subtítulo

Principais Tratamentos para Câncer de Próstata

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Estima-se que mais de 70 mil novos casos sejam diagnosticados por ano no país. Apesar de ser uma doença grave, quando detectada precocemente, as chances de cura superam os 90%.

Os avanços na medicina têm permitido uma abordagem mais personalizada, oferecendo diferentes formas de tratamento de acordo com o estágio da doença, idade do paciente e condições gerais de saúde. Neste artigo, você vai conhecer os principais tratamentos para o câncer de próstata e entender como eles funcionam.

Quando o tratamento é necessário

Nem todos os casos de câncer de próstata exigem tratamento imediato. Em situações em que o tumor é de crescimento lento e o paciente apresenta idade avançada ou outras comorbidades, o médico pode optar pela vigilância ativa. Nessa estratégia, o câncer é monitorado regularmente com exames como PSA e biópsias, e o tratamento só é iniciado se houver sinais de progressão.

Principais tratamentos para câncer de próstata

A escolha do tratamento depende de diversos fatores, como:

  • Estágio do câncer (localizado, localmente avançado ou metastático)

  • Nível do PSA

  • Grau de Gleason (classificação da agressividade do tumor)

  • Idade e expectativa de vida do paciente

  • Efeitos colaterais potenciais

A seguir, listamos os tratamentos mais utilizados:

Cirurgia (Prostatectomia Radical)

A prostatectomia radical é a remoção cirúrgica da próstata e, em alguns casos, das vesículas seminais. É indicada principalmente para tumores localizados e em homens com boa expectativa de vida.

Vantagens:

  • Alta taxa de cura quando o câncer está restrito à próstata.

  • Permite análise detalhada do tumor.

Riscos e efeitos colaterais:

  • Incontinência urinária (transitória ou permanente)

  • Disfunção erétil

Atualmente, muitos hospitais utilizam técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia robótica, que proporciona maior precisão, menor perda de sangue e recuperação mais rápida.

Radioterapia

A radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir as células cancerígenas. Pode ser aplicada como tratamento principal ou após a cirurgia (radioterapia adjuvante), principalmente se houver risco de recidiva.

Tipos principais:

  • Radioterapia externa (feixe externo): o paciente recebe radiação de uma máquina direcionada à próstata.

  • Braquiterapia: inserção de pequenas sementes radioativas diretamente na próstata.

Vantagens:

  • Alternativa não cirúrgica para pacientes com comorbidades.

  • Menor risco de complicações imediatas.

Efeitos colaterais:

  • Irritação retal e urinária

  • Disfunção erétil

  • Fadiga

Terapia hormonal (bloqueio androgênico)

Os tumores prostáticos geralmente dependem da testosterona para crescer. A terapia hormonal visa reduzir os níveis desse hormônio no organismo ou impedir sua ação.

Tipos de tratamento:

  • Medicamentos (agonistas ou antagonistas do LH-RH)

  • Cirurgia de retirada dos testículos (orquiectomia), menos comum atualmente

Indicações:

  • Casos avançados ou metastáticos

  • Quando a cirurgia ou radioterapia não são viáveis

Possíveis efeitos colaterais:

  • Diminuição da libido

  • Ondas de calor

  • Ganho de peso

  • Perda de massa muscular

  • Risco aumentado de doenças cardiovasculares

Quimioterapia

A quimioterapia é usada principalmente em casos avançados, quando a terapia hormonal não é mais eficaz (câncer de próstata resistente à castração). Utiliza medicamentos intravenosos que atingem células cancerosas em todo o corpo.

Medicamento mais comum:

  • Docetaxel, associado à prednisona

Efeitos colaterais:

  • Queda de cabelo

  • Náuseas e vômitos

  • Baixa imunidade

Apesar dos efeitos, a quimioterapia pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Terapias-alvo e imunoterapia

Essas terapias representam avanços recentes no tratamento do câncer de próstata metastático ou resistente a outros tratamentos.

  • Terapia-alvo: ataca alterações genéticas específicas do tumor.

    • Exemplo: inibidores de PARP para pacientes com mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2.

  • Imunoterapia: estimula o sistema imunológico a combater o câncer.

    • O medicamento sipuleucel-T é aprovado nos EUA para alguns casos.

Essas opções ainda estão em processo de aprovação ou estudo no Brasil, mas já são realidade em centros de referência.

Efeitos colaterais e qualidade de vida

Independentemente do tratamento escolhido, é fundamental discutir com o urologista os possíveis efeitos colaterais. O câncer de próstata afeta regiões sensíveis do corpo masculino, e muitos pacientes enfrentam alterações na sexualidade, na urina e na autoestima.

Por isso, o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar — incluindo psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas — é tão importante quanto o tratamento oncológico em si.

Importância do diagnóstico precoce

Quanto mais cedo o câncer de próstata for detectado, maiores as chances de cura e menores os riscos de complicações. Homens a partir dos 50 anos — ou 45, se houver histórico familiar — devem conversar com o médico sobre a realização do toque retal e do exame de PSA.

O preconceito ainda é um obstáculo para muitos homens, mas é fundamental lembrar que o diagnóstico precoce salva vidas.

Considerações finais

Os tratamentos para câncer de próstata evoluíram muito nas últimas décadas. Hoje, há opções eficazes e menos invasivas, que permitem ao paciente viver com mais qualidade e por mais tempo.

É fundamental ter acompanhamento médico contínuo e adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de exercícios e abandono do tabagismo. Informação, prevenção e diálogo aberto com os profissionais de saúde são os maiores aliados contra essa doença.

Fontes:
INCA;
Hospital do Amor;
Sociedade Brasileira de Urologia.